
Nem preciso dizer que é completamente desnecessário nos alimentarmos de bezerros anêmicos para podermos sobreviver e ter boa saúde. É o desdobramento da indústria do leite, que descarta os bezerros machos que a ela não interessa...a mente humana é muito criativa quando o assunto é lucro fácil.
A carne dos bezerros anêmicos, marcados pela tortura à qual são submetidos tão logo nascem e que ao longo de 4 meses são forçados a privações de comportamentos próprios de sua espécie (liberdade de movimento, mamar na própria mãe, carinho materno, por exemplo) é vendida a preços altos, ou seja, não é para alimentar a população e sim para o prazer de poucos que podem pagar por essa crueldade.
A humanidade precisa evoluir, não só em tecnologia, mas em moral e ética. E para tanto, precisa repensar seus hábitos de consumo, principalmente de alimentos, ainda mais quando o alimento era uma vida que foi ceifada para nos servir. Só se produz o que se consome...mudar as regras do jogo está em nossas mãos...ou em nossos pratos.
Rosana Vicente Gnipper
Ecoforça
Defendendo um planeta vivo!
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A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia. O que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar. Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia. "Baby beef", é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados.
O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.
Veja como é obtido esse "produto":
Assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso - alimentação que consiste de substituto do leite materno.
Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que não morra até o abate.
A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material. Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral. Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso.
A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente. Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.
Mais informações:
http://www.institutoninarosa.org.br/consumo_alimetacao.html#vitela
"Se os matadouros tivessem paredes de vidro todos seriam vegetarianos." (Paul e Linda Mc Cartney)
ROSANA VICENTE GNIPPER
ONG Ecoforça
Diretoria Curitiba
TEL: (41) 9676-4656
http://br.mc450.mail.yahoo.com/mc/compose?to=ecoforca@gmail.com
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