segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mudanças climáticas influenciam comportamento de brasileiros

24/1/2009
Economias emergentes estão mais preocupadas e otimistas em relação à redução das emissões de carbono
São Paulo, SP - Os consumidores das economias emergentes estão mais preocupados e dispostos para tomar ações em relação às mudanças climáticas. Esse é o principal resultado de uma pesquisa recente da Accenture, empresa global de tecnologia, consultoria e outsourcing. O levantamento aponta que 93% dos entrevistados das nações em desenvolvimento estão preocupados ou muito preocupadas em relação ao tema; nas economias maduras; este número foi de 83%.
A pesquisa, realizada com 11 mil pessoas de 22 países, comprovou que 100% dos brasileiros estão de alguma forma preocupados com os problemas ligados às mudanças climáticas. Deste total, 56% afirmaram estar extremamente apreensivos com a questão. Outra informação importante é que, dos países que estão confiantes e otimistas na habilidade de políticos, sociedade e provedores de energia em encontrarem uma solução para a questão e realmente tomam ações efetivas para solucionar o problema, o Brasil está bem colocado, em terceiro lugar, atrás apenas da Índia e China.
“Os governos da América do Norte e Europa não podem assumir que seus países vão liderar a busca de soluções ou políticas para as mudanças climáticas”, revela líder da prática de consultoria de Estratégia da Accenture na América Latina, Marcelo Gil de Souza. “Os investimentos na redução da emissão de carbono serão feitos pelos consumidores e economias mais preocupados e ativistas, com a adoção de novas tecnologias e a utilização de políticas inovadoras. Já que as economias emergentes tem se destacado nesse assunto, elas podem sair ganhando, com a atração de novos investimentos”.
Outros resultados do estudo mostram que 96% dos brasileiros acreditam que as mudanças climáticas provavelmente ou certamente terão impacto direto em suas vidas, em comparação com 83% no mundo. Como uma ação para minimizar isso, 97% dos consumidores do país garantem que trocariam de fornecedor de energia para ajudar na redução de emissão de carbono, contra 89% em outros países. Porém, dos brasileiros consultados na pesquisa de 2007, 99% afirmaram que mudariam de fornecedores e somente 13,4% o fizeram. Mesmo assim, esse número ainda assim acima da média global (9%).
Mais informações:
Para auxiliar na redução de energia, o brasileiro busca: adquirir produtos mais econômicos (89%) desligar aparelhos ao invés de deixá-los em stand by (86%); comprar produtos feitos de material reciclado (84%) e usar transporte público (80%). A média global das principais ações nesse sentido é de desligar eletrodomésticos na tomada e usar dispositivos mais econômicos; reduzir o uso de ar condicionado e aquecedores, além de reciclar o lixo.
98% dos brasileiros alegaram que trocariam de fornecedor se um produto fosse certificado, com o objetivo de impactar menos as mudanças climáticas, contra 90% no mundo.
Dados do Brasil mostram que nos últimos doze meses consumidores trocaram de fornecedores (ex. automóveis, vestuário, alimentos, eletroeletrônicos), levando em consideração as mudanças climáticas, com a avaliação das seguintes ações: 48% pelo melhor uso de materiais reciclados, 40% pelo melhor uso de materiais mais amigáveis com o meio ambiente e 39% pelo melhor uso de materiais biodegradáveis.
“O poder dos consumidores pode fazer as companhias desenvolverem produtos que levem em conta a preocupação com as mudanças climáticas”, disse o líder da área de Resources para o Brasil da Accenture, Miguel Zweig. “Os provedores de energia devem oferecer progressivamente serviços que tenham como meta a baixa emissão de carbono. Além disso, os governos devem apoiar essa transformação, com políticas claras e incentivos definidos. As companhias de utilities são essenciais nesse processo e devem analisar as oportunidades comerciais da entrega desses serviços inovadores”, finaliza Zweig.
Sobre o estudo
A pesquisa “Mudanças Climáticas para os Consumidores Finais” tem base em questionários online respondidos nas línguas nativas por 10.733 consumidores de 22 países, entre setembro e outubro de 2008. Eles foram entrevistados na América do Norte (1.732 entrevistas), Europa Ocidental (4.244 entrevistas), Japão e Austrália (1.100 entrevistas), assim como nas economias emergentes, no Brasil, Rússia, Índia, China, Argentina, Chile e África do Sul (3.657 entrevistas). A mostra foi representativa da população geral nos diferentes países. Nos emergentes foi concentrada na população urbana.
Sobre a Accenture
A Accenture é uma empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing. Comprometida com a inovação, colabora com seus clientes, quer sejam empresas ou governos, e os ajuda a conquistar altos níveis de performance. Seu profundo conhecimento de processos de negócios, seus amplos recursos globais e sua trajetória de sucesso permitem à Accenture mobilizar as pessoas certas, bem como as habilidades e as tecnologias adequadas para auxiliar seus clientes a melhorar sua performance. Com mais de 180 mil profissionais em 49 países, a companhia teve receitas líquidas de US$ 19,70 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de agosto de 2007. Sua página na internet é www.accenture.com.br


Fonte: Garcia, Rodrigo.

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Fundador da ONG MEAM neste município e em outros, desenvolvendo atividades no Rio Paraíba do Sul e Parque Estadual do Desengano.