
Fábio Feldmann é aquele tipo de cidadão cujo discurso inteligente e de amplos desdobramentos ratifica o currículo admirável apresentado. Com uma vida dedicada à causa ambiental, este administrador de empresas formado pela Faculdade Getúlio Vargas em 1977 e advogado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1979 notabilizou-se junto à opinião pública com sua atuação no Parlamento brasileiro, nos três mandatos em que foi eleito para Deputado Federal (1986-1998) – participou, inclusive, de um momento histórico da vida política nacional, como protagonista: foi Deputado Constituinte na elaboração da Constituição de 1988, responsável pela elaboração do capítulo destinado ao meio-ambiente.
Este ambientalista (com a liberdade de restringi-lo a sua mais notória área de atuação) esteve presente à Escola Internacional de Alphaville, em interessante palestra realizada na tarde de 16 de outubro – foi a quinta personalidade a conversar com os alunos na série de palestras promovidas junto ao High School (Ensino Médio), dentro da disciplina Empreendedorismo e Projeto de Vida.
Nas palestras anteriores, visitaram a escola o presidente da Microsoft Brasil Michel Levy, o presidente da HSM Maganement Carlos Alberto Julio, o headhunter Adilson de Paula Parrella, sócio da Korn/Ferry International e a diretora-geral da Starbucks Brasil, Maria Luisa Novello Rodenbeck (in memorian) Fabio abordou com extrema propriedade a questão do desenvolvimento sustentável, destacando a importância do tema nos dias atuais, frente ao aquecimento global que ameaça modificar a dinâmica da vida no planeta. Depois de explicar como surgiu a questão ambiental no Brasil, ressaltou a importância de uma ação urgente para se começar a mudar a situação.
– 2007 é um ano particularmente importante, devido à divulgação do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que mudou a percepção da sociedade sobre o tema; e ao filme [Uma Verdade Inconveniente] do Al Gore, ele que acabou de ganhar Nobel da Paz, sinalizando uma situação bastante dramática nesse sentido.”
Lembrando que a questão ambiental praticamente surgiu na década de 70, mais especificamente em 1972, na Conferência de Estocolmo, coloca esta data como um marco na luta pela preservação da natureza.
– Foi nessa grande conferência das Nações Unidas que houve a tomada de consciência e que pela primeira vez se colocou a dimensão do problema em escala planetária. Na época era muito difícil colocar esse problema na dimensão que merecia. Interpretava-se esse assunto quase como uma questão poética. E o Brasil registrou uma posição bastante conservadora, indo a Estocolmo dizer que o seu pior problema era a pobreza e que a questão ambiental estava em segundo plano. Coloco essa posição, pois ela muitas vezes ainda é recorrente.
Depois da Conferência de Estocolmo, ao longo das décadas de 70 e 80 foram surgindo ONG’s voltadas à preservação do meio-ambiente, inclusive a mais notória delas: o Greenpeace, que reúne mais de 2,7 milhões de associados em todo o mundo – 3% da população da Holanda integra a ONG.
– Faço parte do board do Greenpeace, que surgiu naquela época. Aliás, já que vocês estão tendo aulas de empreendedorismo, vale a pena lembrar como surgiu o Greenpeace. Um grupo de jovens, alternativos, quase hippies, (uma expressão fora de moda agora hoje), resolveu fazer um protesto contra as explosões nucleares no Pacífico, promovidas especialmente pela França. Então três ou quatro pessoas resolvem orquestrar contra isso e fizeram um pequeno anúncio em um jornal alternativo, perguntando quem tinha um barco para emprestar, pois a idéia era ficar na área de explosão para evitar o teste. Eles têm estratégias radicais, no bom sentido. E passaram a usar o poder da imprensa, criando fatos para promover a causa.
Buraco na camada de ozônio
Se na década de 70 um dos fatos mais relevantes foi o surgimento do Greenpeace, a década de 80 ficou marcada pela divulgação de uma imagem que mostrava o buraco na camada de ozônio.
– Acho que a divulgação do buraco é importante porque se até meados da década de 70 e início da de 80 ainda se discutia e polemizava, a imagem dirimiu as dúvidas. O buraco existe, não há mais discussão. A humanidade está impactando o planeta de uma maneira dramática. A tecnologia inventada pelo homem, que trouxe benefícios à humanidade, cobra sua contrapartida, como no caso do dióxido de carbono, que emitido na atmosfera causa uma reação química molecular, diminuindo a camada de ozônio. Os cientistas que divulgaram os resultados relacionando o CFC com a destruição da camada de ozônio foram muito contestados na época. Pois bem, esses cientistas ganham o Nobel em 1997 pelo pioneirismo dessa associação.
De posse de dados cada vez mais alarmantes, os países resolveram se mexer, e encontros passaram a ser realizados. O primeiro foi o IPCC. Em 1988 houve o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que criou uma “institucionalidade fundamental para discutir o aquecimento global”.
– O IPCC reúne cientistas do mundo inteiro e a cada cinco anos faz um relatório. E o que diz o relatório do IPCC de 1990? Que há grande probabilidade de que estejamos diante de um problema chamado aquecimento global. Para resolver isso, a humanidade tem que reduzir a um índice de 70% a emissão de gases de efeito estufa, para manter a estabilidade do sistema climático do planeta. E o que diz oúltimo painel do IPCC? Que não existem dúvidas de que a humanidade é responsável pelo aquecimento global, ao contrário da tese de que este seria causado pelos ciclos naturais que o planeta passa. Diz que o aquecimento global está em curso, e que as conseqüências serão extremamente severas. Elevação do nível do mar, de 30 centímetros a um metro e meio. Talvez o dado mais importante para vocês gravarem é que o IPCC fez todos esses estudos sem levar em consideração o degelo do Ártico e de parte da Antártica. Os cientistas, há cinco anos, não previam o degelo do Ártico. Ou seja, a realidade está se mostrando, a velocidade de mudança do aquecimento global está se mostrando radicalmente mais intensa do que se imaginava. E o degelo do Ártico é mostrado claramente no filme do Al Gore.
ECO – 92 e desenvolvimento sustentável
Todo esse movimento resultou, no início da década de 90, na realização de uma conferência histórica. A ECO – 92, realizada no Rio de Janeiro, foi a maior já feita pelas Nações Unidas. Com uma agenda de debates que previa o enfrentamento dos problemas ambientais, mostrou uma importante mobilização da sociedade para a conferência.
– Foram quatro anos de preparação não apenas envolvendo governos, mas também a chamada sociedade civil. Hoje isso é normal, mas até 92 a idéia de sociedade civil, com legitimidade para debater, discutir e formular políticas públicas era menor, e a Rio 92 legitima o papel da sociedade civil. Pois até a minha geração, que viveu o regime autoritário, os governos eram os únicos que representavam o povo. Há uma quebra de paradigma. Os governos são fundamentais quando eleitos e legítimos, mas não são os únicos que representam a sociedade. A conferencia tem essa marca. É uma grande mobilização mundial sobre esse tema, e eu que participei, posso dizer que tivemos uma falha ao não prever o processo, o que viria depois. Talvez um dos equívocos foi imaginar que uma conferência das Nações Unidas pode mudar o mundo em que vivemos. E que as mudanças não trazem movimentos de resistência.
Como resultado da Eco – 92 foi elaborada a Agenda 21, espécie de guia que ditava uma série de ações para transformar o mundo em que vivemos em uma sociedade mais sustentável. A Agenda 21 é um documento fundamental para quem quer trabalhar com sustentabilidade, e universalizou o tema.
– Todos falam sobre o desenvolvimento sustentável, hoje tudo é sustentável. Porque é importante a idéia de desenvolvimento sustentável? É um compromisso ético com as novas gerações. Algumas nações indígenas, antes de tomar uma decisão, levam em conta o impacto que vai causar nas nove gerações seguintes.
O Protocolo de Kyoto e o Bush
1997 foi um ano em que o aquecimento global e as mudanças climáticas estiveram em voga. A revista Time escolheu o planeta Terra como personagem do ano, e aconteceu a Conferência de Kyoto, cujas discussões resultaram no Protocolo de Kyoto, que pedia a redução em média de 5,2% das emissões de gases do efeito estufa, a começar pelos paises industrializados. Por que por eles? Porque quem começou a Revolução Industrial lançou carbono na atmosfera e ele permanece lá por muito tempo. Esse é o quadro do Protocolo de Kyoto. Só que em 2000, ao assumir a presidência do maior país industrializado do mundo, George W. Bush retira os EUA do Protocolo, sendo que a potência norte-americana emite um quarto do dióxido de carbono do mundo.
– Porque o Bush retirou os EUA? Tá certo que o Bush é uma figura muito especial. Perguntaram para ele, há dois anos, do que ele achava sobre os incêndios florestais que estavam acontecendo nos EUA, e ele respondeu: o problema dos incêndios florestais é a existência de florestas. Isso dá uma idéia do nível de resistência ao enfrentamento desse problema. O grande vilão, a principal causa do aquecimento global é o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. Gerados pelos combustíveis fosseis, petróleo. Teria de se dizer à humanidade para usar outras formas de energia. Só que isso envolve mudança geopolítica. E jogos de poder dentro da sociedade. Os americanos não foram à Somália defender os direitos humanos e nem ao Iraque. Os EUA não assinam a convenção de biodiversidade alegando que certas matérias prejudicariam os interesses da indústria farmacêutica americana.
A Petrobras e o diesel com enxofre
Empresa que promove o conhecido Projeto Tamar, maior ação destinada à preservação das espécies (tartarugas, no caso) realizada no Brasil, a Petrobras vende uma imagem de empresa sustentável. No entanto, há um outro lado da empresa que está em voga: a Petrobras fornece ao mercado um diesel que tem 500 partículas de enxofre por milhão (composto químico altamente tóxico se solto no meio-ambiente). Na Europa o padrão são 10 partículas por milhão e nos EUA, 15 partículas por milhão.
– Uma resolução do Conselho Nacional de Poluentes, em 2002, estabeleceu à Pertobras que a partir de 2009 teria que se adequar e fornecer diesel a 50 partículas por milhão. E a empresa diz que só irá fornecer a partir de 2015. O que estamos fazendo – Greenpeace, SOS Mata Atlântica, IDEC, Secretária Estadual do Meio Ambiente, etc? Entrando no Conselho Nacional de Regulamentação Publicitária e pedindo a retirada de toda e qualquer ação publicitária da Petrobras dizendo que ela é sustentável. Entrando com ação judicial, pois existe na Bolsa de SP um indicador de sustentabilidade empresarial. E falando com a Sociedade Médica Brasileira, para calcular quantas mortes estão sendo causadas pelo não fornecimento desse combustível. Tese: não há nenhum estudo que mostre ser o pulmão do brasileiro melhor do que o do europeu. É um exemplo concreto das dificuldades da sustentabilidade.
Fábio dá um outro exemplo de como os ambientalistas trabalham, relacionado ao desmatamento e às suas causas.
– O Brasil desmata 18 mil km² por ano, uma área do tamanho do estado do Sergipe. A principal causa é a soja e a pecuária. Fomos conversar com a Bunge e a Cagill, principais compradoras da soja brasileira. Não fomos recebidos. Apelamos para uma ação na Inglaterra: os ambientalistas se vestiram de galinha em frente ao McDonalds, estimulando os consumidores a não comprarem o McNugget, para não ajudar a destruir a Amazônia. Conclusão, o McDonalds ligou para as empresas e disse, ou vocês se acertam com os ambientalistas ou não vamos comprar mais soja com vocês. Agora estamos abrindo mesa de negociações que se chama “soja responsável”. O que é isso? É o consumidor exercendo um papel político.
Mudanças de hábitos
A despeito da situação delicada que o aquecimento global e os danos do meio ambiente alcançaram, Fábio Feldmann acredita que ainda existe tempo para salvar o mundo.
– Ainda é possível reverter esse quadro, com uma série de medidas: substituir os combustíveis fósseis, evitar o desmatamento (o Brasil é o quarto ou quinto emissor de gás efeito estufa no mundo), etc. Chegamos a um patamar de consciência para conseguir a mudança de hábitos e atitudes. Precisamos encontrar alternativas, que esbarram em problemas práticos. Os automóveis são um dos grandes desafios. Em São Paulo, para cada dois habitantes há um automóvel. Imagina na China. E o automóve não é simplesmente um veículo de locomoção, mas algo muito mais complexo do que isso. O símbolo da maioridade é a carteira de motorista.
Exemplificando, ele recorda do tempo em que era Secretário do Meio-Ambiente, e instituiu o rodízio em São Paulo.
– Institui o rodízio quando tive acesso a dados que mostravam que quando há a inversão térmica em São Paulo, há um aumento da mortalidade de 16,2% de crianças abaixo de cinco e idosos acima de 65 anos, portanto, um caso de saúde pública.
Diante de uma platéia interessada, o ambientalista listou os pré-requisitos para quem deseja trabalhar com sustentabilidade: ter curiosidade e entender a questão de maneira ampla e holística.
– Sou advogado e uso meus conhecimentos a todo o momento. Também tenho de saber algo de engenharia, como a dinâmica de funcionamento de um carro, de química, para explicar sobre os gases poluentes, de medicina, para saber que quem mora em São Paulo fuma dois maços de cigarro por dia, de comunicação... Muitos de vocês amanhã irão querer trabalhar em uma ONG como o Greenpeace, é um mercado de trabalho que está se abrindo. Um advogado do Greenpeace, em caso de invasão de fábrica poluidora, tem que saber quais conseqüências legais, que tipo de ação a fábrica pode ter contra, prevenir e evitar ações. O profissional do futuro tem que trabalhar pensando no desafio de sustentabilidade. Qualquer empresa terá de ter estratégias de sustentabilidade. O aquecimento global é o grande desafio da humanidade e ela nunca teve um desafio tão dramático, o de mudar em tão curto espaço de tempo. Temos de nos preparar e adaptar; e isso acontecerá em no máximo dez anos. E vocês são os atores de construção dessa nova sociedade.
Os alunos entrevistam
Marcos C Pereira – Sobre a questão das empresas sustentáveis, queria saber o que você acha da proposta do Banco Real, se a idéia deles é justa e merece crédito?
Fabio Feldmann: Acho que sim, mas o que temos de ver é até que ponto a sustentabilidade está dentro do negócio ou na periferia. Acho importante reciclar papel, mas isso tem de penetrar no negócio. Agora eles têm uma agência construída com normas de sustentabilidade, conservação de energia, iluminação natural, reuso de água. Quero só ver daqui a cinco anos quantas agências do Real serão construídas dentro da sustentabilidade.
Beatriz Ferreira Bulla – Tenho várias perguntas. Por que você fez duas faculdade, tinha alguma idéia de que seria ambientalista, como foi sua carreira política, e como analisa a posição dos governos FHC e Lula no que tange ao meio-ambiente?
Fabio Feldmann: Fiz Direito pois achava que complementaria minha atividade profissional; minha primeira opção foi Administração. A cada dez anos surgem novas atividades. Comecei no meio-ambiente em 1975, ao criar uma ONG, a Associação Brasileira de Preservação Natureza, para defender uma região chamada Caucaia do Alto, onde fica o Aeroporto de Cumbica. Formei-me em Direito e começou a trabalhar questões ambientais, e só depois entrei na política. Quando o PMDB lançou minha candidatura em 1986, achávamos que não teria chance alguma. Participei de 180 debates ao longo do Brasil, e foi nesses debates que consegui me eleger deputado. Foram eleições extremamente debatidas. Quanto às políticas dos últimos governos, participei da criação, junto do Fernando Henrique, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, em 2000. [cujo objetivo era abrir debate na sociedade civil sobre as mudanças climáticas e preparar o Presidente da República para debater o tema com interlocutores internacionais] Pois nos eventos internacionais sobre mudanças climáticas quem representa a nação e debate é o presidente do país. Ele tem de estar preparado para esta discussão. Na Alemanha, é a Angela Merkel, na França o Nicolas Sarkozy... E aí vem o governo Lula, e interrompe. Fui mantido como secretário-executivo do Fórum, mas não conseguia me reunir com Lula, tentava e nunca dava certo. Então o Estadão publicou uma matéria dizendo que eu era o responsável pelo órgão e nunca me reunia com o presidente; e então fui mandado embora. Ele é um homem atrasado. Disse a ele o seguinte: se o senhor abraçar a causa do aquecimento global, o senhor será o novo Nelson Mandela. Se ele tivesse a visão da importância do aquecimento global, poderia ser o novo Nelson Mandela. Mas infelizmente ele não é um homem moderno e de visão, tendo negligenciado totalmente este tema.
Gostaria de acrescentar a vocês, que estão nessa fase de vestibular e convivendo com toda essa pressão: vocês têm uma expectativa de vida muito maior que a minha geração. Então dois ou três anos não fazem a mínima diferença para vocês. Vocês têm que se dar a possibilidade de ter várias experiências, viajar ao exterior, que é tão importante quanto um mestrado ou doutorado.
Juliana Piesco - Queria saber sua opinião sobre o comércio internacional de crédito de carbono, quanto o comércio de empresas particulares que pagam outras empresas para plantar árvores e substituir teroricamente o carbono da atmosfera é realmente eficaz.
Fábio Feldmann: Excelente pergunta. O crédito de carbono vem com o Protocolo de Kyoto e fixa meta de 20.2% de redução de emissores tóxicos. No seqüestro de carbono, a idéia é que as árvores peguem esse carbono e absorvam, pois a árvore é feita de madeira, ou seja, a árvore é carbono concentrado. Simbolicamente é importante, como gesto, mas na prática, preciso saber que árvore será plantada, se outras condicionais poderão prejudicar essa meta. Tenho que saber quanto de carbono estou emitindo e quanto estou seqüestrando. Acho que tem de haver certa cautela.
Tatiana Coelho Wscieklica – Queria saber sobre Click Árvore, um programa de reflorestamento com espécies nativas da Mata Atlântica pela Internet, em que cada click corresponde ao plantio de uma árvore. É algo a se dar crédito?
Fábio Feldmann: Uma floresta tropical é algo complexo, são necessárias 128 diferentes espécies de árvores para formar uma. O seqüestro de carbono é importante, mas não o principal. Tem de ter ecoeficiencia, produzir de maneira consciente, etc.
Janelso Rodrigues Sousa – Estamos aprendendo sobre o planejamento regional amazônia, e estamos vendo que o problema fiscalização. É esse o problema, realmente?
Fábio Feldmann: O Problema da Amazônia e de todo o Brasil é a rigorosa ausência de estado brasileiro. Você sobrevoa horas e horas e não há estado, é uma terra de ninguém. Espaço livre para grilagem e todo tipo de irregularidade.
Fonte: http://www.escolainternacional.com.br/bra/int.php?&id=297
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